Ação conta com o apoio do Exército, da ANP e da polícia de Minas Gerias. Agentes tentam cumprir mandados de prisão contra grupo que agia contra comerciantes e revendedores de botijões de gás em Japeri.

A polícia Civil do Rio estão nas ruas, na manhã desta sexta-feira (24), para cumprir mandados de prisão contra suspeitos de praticar crimes de extorsão contra comerciantes e revendedores de botijões de gás do município de Japeri. Os agentes tentam cumprir 24 mandados de busca e apreensão, nove de prisão, seis de verificação e um mandado de condução coercitiva, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Japeri.

A ação também conta com o apoio do Exército Brasileiro, da polícia de Minas Gerais, da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

A operação, batizada de Gás Tóxico, tem por objetivo desmontar uma quadrilha que desde janeiro de 2017, mediante violência e grave ameaça, constrange os comerciantes e revendedores de botijões de gás do município de Japeri a efetuarem depósitos periódicos em contas correntes indicadas pelos investigados.

Além de obterem vantagens patrimoniais ilícitas, os investigados impediam a livre concorrência na localidade, impondo taxas e ajustando preços, exercendo assim de forma “manu militari” o controle regionalizado do mercado de gás.

Segundo a polícia, entre os suspeitos estão: Erly da Silva Gonçalves, o “Lico do Gás”, ex-candidato a vereador do município de Japeri, Luiz Fábio Faria Lima, o “Fabinho do Gás”, ex-policial militar, Reinaldo Alves, o “Neno”, assessor da Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de São João do Meriti, Ernesto Luiz da Silva Marinho, o “Nino”, pastor evangélico no município de Japeri, Adriano Felipe Santana da Silva, o “Chuck”, cabo do Exército Brasileiro e Cleiton Damásio Rodrigues.

Ainda segundo a polícia, o ex-militar Thiago Fialho Trindade intermediava e fornecia armas e munições para a quadrilha. Os valores ilícitos obtidos com a empreitada criminosa eram depositados na conta corrente de Brenda Santos de Souza e outras contas indicadas por José Ricardo Ribeiro.