Fonte: Metropoles

Para cada revenda regular de gás no Distrito Federal, existem quatro ilegais. A informação é do Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo da capital da República (Sindvargas-DF), que alerta para uma série de riscos que o comércio clandestino acarreta.

Além de lesar o consumidor com produtos adulterados, a venda de botijões de gás sem certificação pode causar acidentes de grandes proporções, como o ocorrido em Boa Vista, capital de Roraima, na última terça-feira (15/10/2019). Na ocasião, quatro pessoas morreram em uma empresa pirata de gás que não podia vender o produto e estava há três anos sem vistoria dos bombeiros.

Segundo o presidente do Sindvargas-DF, Sérgio Guimarães Costa, o crescimento do número de locais de venda irregular na capital do país é preocupante. Os problemas, de acordo com Costa, vão desde a abertura de revendas sem registro até o descumprimento das normas de segurança e de transporte. Alguns comerciantes guardam os botijões em locais inadequados, como em áreas residenciais, o que é proibido pela legislação.

“As práticas ilegais da venda irregular do gás liquefeito de petróleo [GLP], conhecido como gás de cozinha, ocorrem de muitas maneiras no DF, principalmente nas cidades mais afastadas do Plano Piloto”, disse o presidente do Sindvargas.

Segundo o sindicalista, há locais de armazenamento irregulares – bares, lanchonetes, banca de jornais e quintais de lotes, por exemplo – e há os chamados “pontos móveis”, que comercializam o produto sem documentação, treinamento ou procedência, transportando botijões pelas ruas do Distrito Federal.

Nos últimos dias, o Metrópoles percorreu diferentes regiões administrativas da capital e constatou práticas ilegais, como transporte de botijões em motocicletas (foto em destaque). Outra prática comum encontrada foi a revenda sem a devida autorização.

No Paranoá, imagens aéreas enviadas por denúncia anônima mostram os vasilhames dentro de caminhões estacionados em um ferro-velho. “Todas essas denúncias foram protocoladas em 2018 e, agora, em 2019, novamente. É um caso reincidente. Infelizmente, a impunidade contribui para continuarem agindo”, esclareceu Sérgio Costa.

O presidente do Sindvargas-DF explicou que mesmo em locais autorizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) pode haver inconformidades. Em alguns endereços com liberação para funcionar, os produtos estão alocados de forma equivocada, sem cumprir, por exemplo, a distância e a ventilação necessárias, causando risco para os vizinhos.

“Por causa da pouca fiscalização, há revendedores que fomentam a ilegalidade. Alguns têm os chamados pontos móveis e, inclusive, fazem o transporte irregular do GLP em motos, além de realizarem outras práticas”, afirma Costa.

De acordo com a ANP, atualmente existem 482 autorizadas ativas no DF. O órgão regulador das revendedoras é a própria agência, mas a fiscalização é feita apenas nos agentes econômicos autorizados.

“Infelizmente, a sociedade fica à mercê do descaso e da ineficiência das fiscalizações, colocando em risco toda a população. Existe um trabalho do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, da ANP e da categoria para combater a ilegalidade no DF. Assinamos um termo de ajuste de conduta [TAC] e buscamos melhorias para o setor”, diz Sérgio Costa.

“Quando perceberem movimentação de veículos com gás de cozinha descarregando quantidades elevadas em áreas residenciais, denunciem ao Corpo de Bombeiros ou à polícia. A falta de segurança no armazenamento de GLP pode trazer um desastre irreparável”, conclui.

Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do DF (DF Legal) para verificar questionamentos em relação às denúncias e licenças de funcionamento, mas, até a última atualização desta matéria, não havia recebido retorno.

Acidente

Na última terça-feira (15/10/2019), uma série de pelo menos três explosões em uma loja de distribuição de gás industrial deixou quatro pessoas mortas em Boa Vista (RR). O acidente ocorreu quando funcionários recarregavam cilindros.

As explosões foram registradas por volta das 10h e, durante todo o dia, imagens do acidente ganharam as redes sociais. Apesar de a empresa armazenar e manusear gases como argônio, oxigênio, acetileno, óxido nitroso e ar comprimido, a tragédia chamou atenção para o armazenamento em estabelecimentos que comercializam gás no Distrito Federal.

“Se existe o perigo em um local onde era manuseado oxigênio com equipamentos de segurança, e mesmo assim ocorreu o acidente, imagine no fundo do quintal de residências e em quartos de imóveis com botijões”, comentou Sérgio Costa.

O que diz a ANP

Por meio de nota, a ANP informou que, em relação à explosão ocorrida em Boa Vista, o caso foi na área de empresa de fabricação de oxigênio, produto não regulado pela agência, que “fiscaliza a distribuição e revenda de GLP (gás de cozinha)”.

O órgão ressaltou que fiscaliza o mercado de distribuição e revenda de GLP em todo o país. Nas ações, “os fiscais verificam na revenda itens referentes a exigências de segurança, se possui os documentos necessários para funcionamento (autorização da ANP, alvará e licença do Corpo de Bombeiros), a integridade dos botijões e se foram requalificados, entre outros”.

A agência diz que as revendas autorizadas podem ser consultadas neste link.

Ainda de acordo com a ANP, “a agência não detém o poder da polícia (sua atuação é administrativa), o que não lhe confere competência para entrar em residências e em agentes não regulados. A atuação da ANP em locais não autorizados, em geral, somente pode se dar junto com autoridade policial”.

No primeiro semestre de 2019, a agência realizou 1.792 ações de fiscalização em revendas de GLP no país, resultando em 197 autos de infração, 166 autos de interdição e 43 apreensões de produtos. Foram realizadas ainda 120 ações de fiscalização em distribuidores de GLP, resultando em 15 autos de infração – nenhuma irregularidade foi passível de interdição nem de apreensão.

ANP/DIVULGAÇÃOANP/DIVULGAÇÃOANP/Divulgação

Fonte: www.alagoas24horas.com.br

Uma operação contra estabelecimentos que comercializam irregularmente gás de cozinha foi deflagrada desde o início da manhã desta quarta-feira, 20, na capital alagoana.

A operação é comandada pelo Ministério Público Estadual e cumprida por cerca de 30 agentes da Polícia Civil em pontos comerciais em quatro bairros da capital. De acordo com a assessoria do MPE, os alvos são sete pontos de vendas irregular de gás de cozinha. Os nomes dos estabelecimentos não foram divulgados.

As informações dão conta que o objetivo da operação é fiscalizar os estabelecimentos comerciais que não têm a licença de funcionamento fornecida pela Agência Nacional de Petróleo e o alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas. A operação ainda visa apurar a procedência dos botijões.

Fonte: www.oparana.com.br

Autoridades policiais e jurídicas, empresários e representantes do Sinegás (Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo) se reuniram na Câmara de Cascavel com as Comissões de Segurança Pública e Trânsito e de Defesa do Consumidor, na manhã de ontem (20), para discutir a fiscalização de revenda de gás de cozinha em Cascavel.

E a preocupação é séria: a cada uma revenda que atua dentro da lei, há três clandestinas, colocando em risco todas as famílias cascavelenses.

Depois de um ano de planejamento e indo atrás da documentação para a empresa, Antônio Fernando Simões ingressou no mercado do gás, e em menos de seis meses percebeu o quanto a fiscalização é precária. Por isso, recorreu às autoridades para que deem mais amparo a quem trabalha de forma regularizada. “O que eu vi na prática é que não existe fiscalização. Poucos fiscalizaram de fato… a maioria que ia lá pra fiscalizar, chegava, batia papo e saía. Por isso, peço: o setor precisa ser acompanhado, precisa ser discutido. Nós somos obrigados a fazer vários documentos, a ter até brigada de incêndio, mas o que vemos é que, por causa de um real de desconto, a pessoa compra de quem não está regularizado”, reclama o empresário.

Segundo o Sinegás, Cascavel tem 101 revendas de gás de cozinha autorizadas e a estimativa é de que para cada empresário regular existam outros três trabalhando de forma ilegal.

Além de prejudicar a concorrência, colocam em risco a vida das pessoas, já que operam com armazenamento precário e cometem outras irregularidades. “Padarias, pequenos comércios vendem para o conhecido, para o vizinho; o cara que está desempregado coloca uns botijões em uma camioneta e sai vendendo; mercadinhos de bairro têm botijão do lado dos alimentos… realmente não tem fiscalização. As autoridades não têm contingente suficiente para dar conta de fiscalizar. O que a gente espera é que os regulares nos ajudem denunciando, para que a fiscalização seja pontual”, disse a presidente da Sinegás, Sandra Ruiz.

Mercado do crime
O mercado clandestino de gás pode sustentar o mercado do crime. De acordo com a polícia, existe um número muito grande de furto de botijões e cilindros na cidade e há uma grande possibilidade de que esse produto furtado seja repassado para revendedores ilegais. “A revenda irregular é um crime que fomenta vários outros. O furto de botijão ocorre porque há alguém que se beneficia disso, há um receptador”, explica o tenente Welington Miqueias Bastos, da Polícia Militar.

Poder de polícia
Desde janeiro, o Corpo de Bombeiros tem poder de polícia. Até então, mesmo que comprovasse o risco à vida ou outra irregularidade, era preciso acionar o Ministério Público. Agora, os bombeiros podem atuar imediatamente.

A promotora titular da 12ª Promotoria de Cascavel, Larissa Haick Vitorassi Batistin, disse que esse é um grande passo em rumo à desburocratização de processos. “Com a nova legislação, o Corpo de Bombeiros tem mais autonomia para isso, então vai acabar com aquele negócio de ter o fiscal do fiscal do fiscal… O Corpo de Bombeiros vai até o local, fiscaliza e já pode impor sanção a quem estiver funcionando irregularmente. Foi uma mudança muito positiva”.

Fonte: cgn.inf.br

Empresas que atuam na revenda de gás de cozinha em Cascavel receberam hoje (20) orientações sobre a fiscalização contra a comercialização irregular do combustível. O evento, que trouxe muitos interessados ao Plenário da Câmara, aconteceu em uma reunião conjunta das Comissões de Segurança Pública e Trânsito e a de Defesa do Consumidor.

Com as mudanças havidas na lei federal que trata dos crimes contra a economia popular, a comercialização fora das normas da Agência Nacional de Petróleo (ANP) passa a ser crime. Os órgãos responsáveis pelo licenciamento, autorização, fiscalização e repressão ao crime orientaram os empresários sobre as novas exigências.

Pela Prefeitura, participaram a Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito (Cettrans) e o setor de Alvará da Prefeitura. Também fizeram apresentações o Corpo de Bombeiros, Polícias Militar e Civil e a Promotoria de Justiça do Consumidor. A ênfase dos órgãos públicos foi toda no trabalho de orientação e prevenção, mas ressaltando que os casos em que se constate crime serão imediatamente levados à justiça, com possibilidade inclusive de prisão dos responsáveis, além das multas e outras sanções.

O vereador Policial Madril (PMB), da Comissão de Segurança Pública e Trânsito, elogiou a disposição dos que vieram dar orientações. “Tem alguns casos em que as pessoas cometem erros porque não sabem o certo, por desconhecerem a lei”, disse ele. Celso Dal Molin (PR), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, afirmou que é preciso evitar acidentes e que deseja que “o consumidor seja bem atendido, com segurança e sempre dentro da lei”. O vereador lembrou que o vendedor de gás é um dos raros casos de prestador de serviço que entra na casa do consumidor, o que merece uma atenção especial.

Fonte: aquiacontece.com.br

Atento às irregularidades cometidas contra os direitos do consumidor, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Capital, saiu às ruas de Maceió, nesta quarta-feira (20), para combater a venda irregular de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido popularmente como gás de cozinha, na operação batizada de “Gás Legal”. Ao todo, sete estabelecimentos foram fiscalizados e três pessoas levadas até a delegacia para prestar esclarecimentos, já que não apresentaram a licença que deve ser obtida junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

O promotor de justiça Max Martins disse que a operação “Gás Legal” foi deflagrada depois que o Ministério Público recebeu várias denúncias de venda irregular do produto e nos bairros nos bairros São Jorge, Barro Duro e Feitosa. A ação teve a participação da Polícia Civil de Alagoas, por meio da Delegacia dos Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Decotap) e policiais que atuam na Operação Asfixia.

“A norma é bem clara, é preciso autorização da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Para fazer a venda. Esse órgão também estabelecem critérios que devem ser obedecidos, como a maneira que os botijões devem ser condicionados. São observadas também as condições de uso e transporte dos botijões. Se essas normas não são seguidas, o risco de acidentes são enormes, oque coloca em risco a vida de várias pessoas, inclusive quem comete a prática irregular”, disse o promotor de justiça Max Martins.

Venda Irregular

A portaria nº 297/2003, da ANP, estabelece que o comércio de GLP só pode ser realizado por pessoas jurídicas, em estabelecimentos formalmente cadastrados como pontos de revenda. Para ter autorização de funcionamento, esses pontos devem passar por uma vistoria a fim de assegurar que respeitam todas as normas de segurança para o transporte e armazenamento do produto.

Ainda segundo a promotora de Justiça, além dos riscos evidentes à segurança da população, a venda clandestina de derivados de petróleo caracteriza crime contra a ordem econômica por se tratar de concorrência desleal contra os pontos de revenda autorizados.

Ele ainda acrescentou que o combate a esta prática irregular é um dos objetivos estratégicos do ministério Público de Alagoas, inclusive previsto no Plano Estratégico da instituição (2011- 2022). “Instauramos um inquérito civil que se destina a apurar todas as denúncias que recebemos. O Ministério Público está vigilante a qualquer desrespeitos aos direitos do consumidor e coibirá qualquer prática irregular que vise macular as relações de consumo”.

 

Fonte: www.op9.com.br

A Polícia Civil desencadeou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em sete pontos de venda ilegal de Gás Liquefeito de Petróleo, conhecido como gás de cozinha, em Maceió. A ação, que conta com o apoio do Ministério Público Estadual (MPE), acontece na manhã desta quarta-feira (20).

A operação ocorre oito meses depois de uma audiência pública realizada pelo órgão ministerial para discutir os riscos existentes em decorrência da venda irregular do produto e como os órgãos podem combater o comércio clandestino. Na ocasião, em julho de 2018, além do MPE, órgãos como o Corpo de Bombeiros, Procon, Polícia Militar e Polícia Civil estiveram presentes.

Para o presidente da Associação dos Revendedores de Gás de Alagoas, Leandro Cézar, operações como a que está acontecendo nesta quarta-feira são benéficas para o combate à venda ilegal, mas, segundo ele “o ideal seria que fosse rotineiro. Essas operações não têm sequência e isso não ajuda no mercado”, afirma.

De acordo com o capitão do  Corpo de Bombeiros, Thiago Melo Salvador, o cliente precisa solicitar o alvará do órgão para saber se a empresa tem permissão para realizar a venda. Segundo ele, o comércio clandestino pode levar a venda de botijões amassados, enferrujados e até mesmo com a válvula de segurança danificada, podendo acarretar em vazamento de gás durante o uso.

“Para regularizar, o proprietário tem que contratar um engenheiro de segurança, para realizar um projeto de segurança. O projeto, em seguida, é levado ao Corpo de Bombeiros para análise. Se aprovada, é feita uma vistoria e, em caso de aprovação, é dado o alvará do Corpo de Bombeiros, que é o documento que certifica que as edificações estão de acordo com as normas de segurança”, afirma.

As penalidades para quem vende gás sem autorização ocorrem nos âmbitos administrativos, cíveis e criminais e pode pegar até cinco anos de detenção. A atividade de comercialização de gás de cozinha é regulada pela Agência Nacional de Petróleo.