Fonte: Amazonas Notícias
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai) e Polícia Civil, deflagrou a operação “Chama Azul”, que resultou na apreensão de aproximadamente 200 quilos de pasta base de cocaína em uma balsa vinda do município de Tabatinga (a 1.108 quilômetros de Manaus). Foram 30 dias de investigação. O entorpecente estava escondido no interior de 16 botijas de gás GLP, entre quatro mil botijas que estavam na embarcação. Duas pessoas que faziam parte da tripulação foram ouvidas e liberadas após os procedimentos.
A droga é oriunda de traficantes da tríplice fronteira. O vice-governador e secretário de Segurança Pública, Bosco Saraiva, reforçou que a rede de informações dos setores de inteligência possui um grupo de cooperação com outros países como Colômbia e Peru, que contribuem para apreensões de drogas.
“Pela forma como a droga estava armazenada, é possível identificar a ação de uma indústria que faz parte do crime organizado”, disse Bosco Saraiva
“Pela forma como a droga estava armazenada, é possível identificar a ação de uma indústria que faz parte do crime organizado, mas, apesar da ousadia dos traficantes, o trabalho dos agentes da Polícia Civil conseguiu identificar e tirar de circulação uma droga que chegaria a Manaus para ser vendida”, ressaltou Saraiva.
A balsa foi interceptada no rio Solimões, entre os municípios de Iranduba e Manacapuru, na Região Metropolitana de Manaus. A operação contou com o apoio de policiais civis lotados no Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera), Delegacia Fluvial (Deflu) e o cão farejador Zeus, da Polícia Civil do Amazonas.
Investigação
O delegado-geral da Polícia Civil, Mariolino Brito, disse que a droga embarcou no município de Tabatinga, de onde já estava sendo monitorada por agentes dos setores de inteligência da Polícia Civil. “Essa ousadia dos traficantes mostra a industrialização do crime. Agora será feito o trabalho de investigação onde iremos checar todo o percurso da balsa, além de contar com a ajuda dos depoimentos dos tripulantes”, destacou Brito.
Zeus
O coordenador de Operações da Secretaria de Inteligência, delegado Denis Pinho, disse que o trabalho de análise para encontrar as 16 botijas com entorpecentes durou cerca de 12 horas e contou com a participação de 20 policiais, além da utilização do cão farejador Zeus, que foi essencial para a identificação do entorpecente.
“Os traficantes realizaram um trabalho minucioso: abriram as botijas de gás, colocaram as drogas dentro, soldaram e pintaram. Nós recebemos informação de que a droga seria transportada nesse novo modelo e preparamos a abordagem da embarcação”, acrescentou Pinho. O coordenador de operações da Seai destacou que as investigações em torno do caso irão continuar para identificar e prender o dono das drogas e a pessoa que iria recebê-las em Manaus.